segunda-feira, novembro 12, 2007

Plenilúnio













Se afogo,
invento uma noite clara

Saberei que meus olhos ardem como brasas

domingo, novembro 04, 2007

Corpo solo


















Um livro entreaberto, as mesmas páginas, onde as letras estremecem como se fossem ramos. Dedos emaranhados dedilhando a memória húmida das bocas. Uma única linguagem, alquimias de gestos que alimentam o silêncio. Sentir cada textura beijando a alma da corrente . Vertiginoso voo no perímetro da vela até ao adormecer da chama. Tocar o fio das lembranças, debrum de pensamento, como contas de um rosário que as mãos acariciam enquanto o aroma do hálito semeado lhe devolve a fome do primeiro grito.