Arrebol

Ventos supernos nos ombros do tempo
Um salmo prelúdio se agita
Escuto o murmúrio virente do desfolhar das grinaldas
Tranço folhas na boca da fonte
Santelmo aceso em maviosos flancos
Queimam-se incensos no clarão dos círios
Nas ciliciadas carnes, rútilo sacrário
pomos sazonados de carmim vivo emergem
A flor o cálice inclina
Turíbulo de prata que a sede abrasa
Profundo anelo no esflorecer das vinhas, volatas
Luxúria aveludada num torpor de coma
Uma flor ceifada em vasos de água
7 Comments:
Seja bem reaparecida
na minha escarpa
E se "uma flor ceifada... inclina o cálice" que fazer senão sorver até à última gota?
Beijo.
z.
Alegra-me que tenhas retomado a escrita. Escreves com alma e de uma forma que te é tão particular.És tu mesma, verso e reverso e acima de tudo fiel a ti mesma...algo raro de se encontrar por estas paragens, numa terra que não é nossa e onde tudo é tão fácil de se obter.
Congratulo-me por ter tido a possibilidade de te conhecer.
Um beijo
Gonçalo
És-me especial, sabes disso ;)
belo...muito belo!
bj
Gostei de te voltar a ler
E saudades tenho de por outras formas tambem te ler
Um beijo
Zé Pedro
Gosto de te voltar a ler
Tinha saudades destas e das tuas outras palavras.
Um beijo
Zé Pedro
Aguardo
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