segunda-feira, junho 28, 2010

Arrebol













Ventos supernos nos ombros do tempo
Um salmo prelúdio se agita
Escuto o murmúrio virente do desfolhar das grinaldas
Tranço folhas na boca da fonte
Santelmo aceso em maviosos flancos
Queimam-se incensos no clarão dos círios
Nas ciliciadas carnes, rútilo sacrário
pomos sazonados de carmim vivo emergem
A flor o cálice inclina
Turíbulo de prata que a sede abrasa
Profundo anelo no esflorecer das vinhas, volatas
Luxúria aveludada num torpor de coma
Uma flor ceifada em vasos de água

7 Comments:

Blogger Mar Arável said...

Seja bem reaparecida

na minha escarpa

29 junho, 2010 22:57  
Anonymous Anónimo said...

E se "uma flor ceifada... inclina o cálice" que fazer senão sorver até à última gota?
Beijo.
z.

01 julho, 2010 10:28  
Anonymous Anónimo said...

Alegra-me que tenhas retomado a escrita. Escreves com alma e de uma forma que te é tão particular.És tu mesma, verso e reverso e acima de tudo fiel a ti mesma...algo raro de se encontrar por estas paragens, numa terra que não é nossa e onde tudo é tão fácil de se obter.
Congratulo-me por ter tido a possibilidade de te conhecer.
Um beijo
Gonçalo

És-me especial, sabes disso ;)

04 julho, 2010 10:52  
Anonymous Anónimo said...

belo...muito belo!


bj

04 julho, 2010 17:07  
Blogger José Pedro said...

Gostei de te voltar a ler
E saudades tenho de por outras formas tambem te ler
Um beijo
Zé Pedro

14 julho, 2010 15:44  
Blogger José Pedro said...

Gosto de te voltar a ler
Tinha saudades destas e das tuas outras palavras.
Um beijo
Zé Pedro

14 julho, 2010 15:48  
Blogger Mar Arável said...

Aguardo

14 agosto, 2010 00:07  

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