Pérgula

Beber da pálpebra dos lábios
Uma fala livre, canoeira da língua que nos devolva tudo
Percorrer as calçadas do bordado
O braço das raízes moldando o orvalho à soleira do jardim
Chegar ao ponto alto
Onde as polpas dos dedos procriam a ramagem do vento
E as cachoeiras deslizam na planura das boninas
Colher o álacre do hálito na pele em brasa
Declive onde o corpo se abisma
9 Comments:
..."polpa dos dedos"...mais não é preciso dizer...
beijo sentido
escorregar
a verter-se
humidificar
se
fonte
flor
e vaso
a
trans
bordar
beijO
"Declivo onde o corpo se abisma." Aqui no teu espaço...é aqui que o corpo se abisma...Adorei. Muito poder e sensibilidade.
Bom fim de Semana!
subitamente, a vertigem desequilibrou-me,
mas mantive-me preso na pálpebra dos lábios.
o vento acompanhou-me na queda pelo abismo.
Acompanho
Ou passeio,
É o cheiro,
Da fala no centro do meio.
Um Beijo
"declive onde o corpo se abisma" essa me tocou fundo!! Poderosamente forte, este poema, sublime!
Um percurso, um caminho,
Uma vida feita de sentires,
Onde cada momento é tempo,
De ser, de ter, de viver...
subliminar
co lapso
Sempre bela a tua poesia. Sempre. Um beijo
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