sexta-feira, abril 04, 2008

Pérgula


















Beber da pálpebra dos lábios
Uma fala livre, canoeira da língua que nos devolva tudo
Percorrer as calçadas do bordado
O braço das raízes moldando o orvalho à soleira do jardim
Chegar ao ponto alto
Onde as polpas dos dedos procriam a ramagem do vento
E as cachoeiras deslizam na planura das boninas
Colher o álacre do hálito na pele em brasa
Declive onde o corpo se abisma

9 Comments:

Blogger Embryotic SouL said...

..."polpa dos dedos"...mais não é preciso dizer...


beijo sentido

04 abril, 2008 13:49  
Blogger un dress said...

escorregar

a verter-se

humidificar

se

fonte

flor

e vaso

a

trans

bordar






beijO

04 abril, 2008 15:47  
Blogger Narrador said...

"Declivo onde o corpo se abisma." Aqui no teu espaço...é aqui que o corpo se abisma...Adorei. Muito poder e sensibilidade.

Bom fim de Semana!

04 abril, 2008 19:31  
Blogger Filipe said...

subitamente, a vertigem desequilibrou-me,
mas mantive-me preso na pálpebra dos lábios.
o vento acompanhou-me na queda pelo abismo.

04 abril, 2008 21:53  
Blogger TG said...

Acompanho
Ou passeio,
É o cheiro,
Da fala no centro do meio.

Um Beijo

04 abril, 2008 23:02  
Blogger Heduardo Kiesse said...

"declive onde o corpo se abisma" essa me tocou fundo!! Poderosamente forte, este poema, sublime!

04 abril, 2008 23:41  
Anonymous Anónimo said...

Um percurso, um caminho,
Uma vida feita de sentires,
Onde cada momento é tempo,
De ser, de ter, de viver...

05 abril, 2008 00:38  
Blogger ~pi said...

subliminar

co lapso

05 abril, 2008 16:00  
Blogger APC said...

Sempre bela a tua poesia. Sempre. Um beijo

05 abril, 2008 23:44  

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