domingo, novembro 04, 2007

Corpo solo


















Um livro entreaberto, as mesmas páginas, onde as letras estremecem como se fossem ramos. Dedos emaranhados dedilhando a memória húmida das bocas. Uma única linguagem, alquimias de gestos que alimentam o silêncio. Sentir cada textura beijando a alma da corrente . Vertiginoso voo no perímetro da vela até ao adormecer da chama. Tocar o fio das lembranças, debrum de pensamento, como contas de um rosário que as mãos acariciam enquanto o aroma do hálito semeado lhe devolve a fome do primeiro grito.

18 Comments:

Blogger Letras de Babel said...

Tanto calor que há na luz sobre noir...


[lembra infância. lembra ardósia. lembra acreditar.]

04 novembro, 2007 04:15  
Blogger O Profeta said...

Um corpo, mil sentires...sonata de infinita sensualidade...


Doce beijo

04 novembro, 2007 10:53  
Blogger Unknown said...

O renascer da esperança porque a fome sempre se mata.
A alternativa é a morte.
Beijo.

04 novembro, 2007 12:43  
Blogger Mar Arável said...

Um belo concerto de palavras

com luz e lume

04 novembro, 2007 21:35  
Blogger vieira calado said...

Um texto em forma de apontamento, poético, muito bem escrito.
Bom resto de Domingo

04 novembro, 2007 22:07  
Blogger Embryotic SouL said...

...e porque há palavras que nos abraçam...e letras que à alma cobrem..sílabas contorcidas no dedilhar do sentir...

Beijo Sentido

04 novembro, 2007 23:33  
Blogger Phantom of the Opera said...

Com essas palavras e musica...
Perdi-me na beleza do teu olhar.

Beijo

05 novembro, 2007 07:40  
Blogger un dress said...

no inverso. aqui...




~

05 novembro, 2007 22:56  
Blogger Xana said...

Fazes das palavras eterna sensualidade, da lágrima, sorriso do pranto alegria...
Vou guardar na alma tudo isto em harmonia!

Obrigada pela tua visita, volta!
beijo meu, boa semana

05 novembro, 2007 23:31  
Anonymous Anónimo said...

Um livro, uma viagem sempre diferente, as palavras as mesmas, os olhos os mesmos, os sentimentos, esses modificam a interpretação da leitura, são estados de alma...

06 novembro, 2007 09:13  
Blogger Unknown said...

As metas ascetas das setas já regurgitavam:

ervavoavam-se sem esquemas ou eczemas
e quotidianado efervescia numa morte
enclausuradamente esvanescente

.

dos carreiros plantados na próstata-uterina psicossomatizada
das cores já respiravam otites

;

e os "amores" (usa-mores),
ícones anti-iconoclastas de castas incrustadas subservientemente,
nadam pelo solo opaco da solidade

:

seja!

.

o que foi espraiara-se no esgar perfumado duma anfíbia nuvem
que sobrevivia diseur

?


pois...


é/eu mesmo iço/isso


O OXI(TAL-VEZ)GÉNIO
FIXARA-SE NUM NOVO
POEMA:

simples e contencioso ((contente e cioso)
(ocioso de contentamento))

- ACORDAR VERDE-SORRIDO

07 novembro, 2007 02:19  
Blogger noites sentidas said...

É no burgo da alma, no pensar de um livro, que se estendem letras fracturadas, noites de uma pureza sentida. Deslizei, em cada limo das tuas letras...

08 novembro, 2007 10:35  
Blogger Misantrofiado said...

Uma devolução - um retrocesso aos meandros da devoção.

...e as letras desenham mais uma sensação.

09 novembro, 2007 15:49  
Blogger Nilson Barcelli said...

Belas palavras.
De corpo solo em mente vasta...
Bfs, beijinhos.

10 novembro, 2007 16:54  
Blogger *@rclight* said...

palavras muito sentidas
mto tocantes..
k m enchem de conforto tambem..

um beijo grande e bom fim d semana*

11 novembro, 2007 14:54  
Blogger Ás de Copas said...

Por momentos, um regresso ao passado, ao grito que as páginas fecharam no tempo que foi findo...
Beijo*

12 novembro, 2007 13:21  
Anonymous Anónimo said...

Belo e desconcertante... como uma recordação boa.

Beijinhos

12 novembro, 2007 14:18  
Blogger Mel de Carvalho said...

De novo um texto muito belo. Parabéns.
Abraço da Mel

27 março, 2008 13:32  

Enviar um comentário

<< Home