Corpo solo

Um livro entreaberto, as mesmas páginas, onde as letras estremecem como se fossem ramos. Dedos emaranhados dedilhando a memória húmida das bocas. Uma única linguagem, alquimias de gestos que alimentam o silêncio. Sentir cada textura beijando a alma da corrente . Vertiginoso voo no perímetro da vela até ao adormecer da chama. Tocar o fio das lembranças, debrum de pensamento, como contas de um rosário que as mãos acariciam enquanto o aroma do hálito semeado lhe devolve a fome do primeiro grito.
18 Comments:
Tanto calor que há na luz sobre noir...
[lembra infância. lembra ardósia. lembra acreditar.]
Um corpo, mil sentires...sonata de infinita sensualidade...
Doce beijo
O renascer da esperança porque a fome sempre se mata.
A alternativa é a morte.
Beijo.
Um belo concerto de palavras
com luz e lume
Um texto em forma de apontamento, poético, muito bem escrito.
Bom resto de Domingo
...e porque há palavras que nos abraçam...e letras que à alma cobrem..sílabas contorcidas no dedilhar do sentir...
Beijo Sentido
Com essas palavras e musica...
Perdi-me na beleza do teu olhar.
Beijo
no inverso. aqui...
~
Fazes das palavras eterna sensualidade, da lágrima, sorriso do pranto alegria...
Vou guardar na alma tudo isto em harmonia!
Obrigada pela tua visita, volta!
beijo meu, boa semana
Um livro, uma viagem sempre diferente, as palavras as mesmas, os olhos os mesmos, os sentimentos, esses modificam a interpretação da leitura, são estados de alma...
As metas ascetas das setas já regurgitavam:
ervavoavam-se sem esquemas ou eczemas
e quotidianado efervescia numa morte
enclausuradamente esvanescente
.
dos carreiros plantados na próstata-uterina psicossomatizada
das cores já respiravam otites
;
e os "amores" (usa-mores),
ícones anti-iconoclastas de castas incrustadas subservientemente,
nadam pelo solo opaco da solidade
:
seja!
.
o que foi espraiara-se no esgar perfumado duma anfíbia nuvem
que sobrevivia diseur
?
pois...
é/eu mesmo iço/isso
O OXI(TAL-VEZ)GÉNIO
FIXARA-SE NUM NOVO
POEMA:
simples e contencioso ((contente e cioso)
(ocioso de contentamento))
- ACORDAR VERDE-SORRIDO
É no burgo da alma, no pensar de um livro, que se estendem letras fracturadas, noites de uma pureza sentida. Deslizei, em cada limo das tuas letras...
Uma devolução - um retrocesso aos meandros da devoção.
...e as letras desenham mais uma sensação.
Belas palavras.
De corpo solo em mente vasta...
Bfs, beijinhos.
palavras muito sentidas
mto tocantes..
k m enchem de conforto tambem..
um beijo grande e bom fim d semana*
Por momentos, um regresso ao passado, ao grito que as páginas fecharam no tempo que foi findo...
Beijo*
Belo e desconcertante... como uma recordação boa.
Beijinhos
De novo um texto muito belo. Parabéns.
Abraço da Mel
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