
Um livro entreaberto, as mesmas páginas, onde as letras estremecem como se fossem ramos. Dedos emaranhados dedilhando a memória húmida das bocas. Uma única linguagem, alquimias de gestos que alimentam o silêncio. Sentir cada textura beijando a alma da corrente . Vertiginoso voo no perímetro da vela até ao adormecer da chama. Tocar o fio das lembranças, debrum de pensamento, como contas de um rosário que as mãos acariciam enquanto o aroma do hálito semeado lhe devolve a fome do primeiro grito.