Extravio de noites

No sono branco da neblina
Em silêncio rasgo o útero da madrugada
O pensamento como um ferro em brasa
Flameja debruado em bruma viva
Bordo flores nos canteiros da volúpia
Cheiros mornos de seiva que transpira
Escorrem líquidos como asas famintas
Exploram passagens adormecidas
Bocas diluídas na luxúria de suas afluências
Vorazes aumentam sua cadência
Polpas de dedos em veludo esculpidas
Desvario, esmero de ânsias enlouquecidas
A fome da língua por fim saciada
A lonjura apeada na pele nua e já fria
A sede do desejo não míngua
Apenas suspira e fica adiada
Em silêncio rasgo o útero da madrugada
O pensamento como um ferro em brasa
Flameja debruado em bruma viva
Bordo flores nos canteiros da volúpia
Cheiros mornos de seiva que transpira
Escorrem líquidos como asas famintas
Exploram passagens adormecidas
Bocas diluídas na luxúria de suas afluências
Vorazes aumentam sua cadência
Polpas de dedos em veludo esculpidas
Desvario, esmero de ânsias enlouquecidas
A fome da língua por fim saciada
A lonjura apeada na pele nua e já fria
A sede do desejo não míngua
Apenas suspira e fica adiada