quarta-feira, janeiro 03, 2007

Luminescentia











Lascívia ao tacto a pele ciosa crepita
Um prelúdio de púrpura e prata
Na concava inquietude do desejo

Os cabelos do sol acendem e grifam
Um diadema de copas floridas
Nas ânforas de orvalho das boninas

Lúcidas falenas inflamam poentes
Transmutam perfume em chama lenta
Das corolas que se abrem por dentro

Vertigem nocturna tingida de prata
A alma sacudindo o pó das asas
Na cúpula dilui celestes auras


30 Comments:

Blogger A. Pinto Correia said...

Eis a dupla - centuplicada - chama, sob a forma de enigma das relações, entre a liberdade e o destino que formam o nó do amor. Diria que fazes uma metáfora da paixão,uma erotização na relação entre amor e poesia.
Assemelhando-se a uma profunda reflexão de natureza literária, enriquecidas aqui e ali pela mitologia,mas sobretudo pela ciência da palavra, a tua poesia permite a quem a lê quase tocar-lhe e tocar-te. Sem dúvida que uma metáfora inteligententemente concebida para aguçar a lascívia! Esta palpabilidade encanta. É possível discernir as texturas da pele, o encantamento da entrega, o êxtase da dádiva.
Belo, muito belo, musa.

03 janeiro, 2007 16:50  
Blogger St. J. said...

E será assim, sempre que a pele fale mais que as palavras.

Um Bom Ano para Ti, mne, com Muita Felicidade

03 janeiro, 2007 17:07  
Blogger Daniel Aladiah said...

Continuas o teu bordado de palavras e sentidos...
Tudo de bom em 2007!
Um beijo
Daniel

03 janeiro, 2007 19:13  
Anonymous Anónimo said...

Poema soberbo, este.
Beijito.

04 janeiro, 2007 10:04  
Blogger vida de vidro said...

Poesia quase palpável, até no uso das metáforas. Cheiro, cor e tacto. Pele. **

04 janeiro, 2007 12:10  
Blogger Pierrot said...

Cá estou eu de volta a um dos meus blogs preferidos.
E como sempre, Lúcidas palavras, ideias perfeitas, imagens nitidas.
Os teus poemas são um floreado de um aroma suave.
E a musica...celestial!
Feliz 2007 e tudo de bom para ti
Bjos daqui
Eugénio

04 janeiro, 2007 12:45  
Blogger Isabel said...

Intenso densamente erótico... no entanto é quente mas suave e doce.

Encantador.

Deliciosamente perturbante.

Doce é o arrepio que tráz à pele.

Adorei.
Gosto muito de te ler e esta minha ausência deixou-me com saudades.
Estou de volta à escrita e às leituras.

Voltarei sempre aqui.

Isabel

04 janeiro, 2007 13:00  
Anonymous Anónimo said...

"Um prelúdio de púrpura e prata
Na concava inquietude do desejo"
as longitudes demarcadas
pelo esvoaçar de umas asas
alongadas ao Infinito
tecido sacralizado
de um subtil Mundo ...
Os cabelos são eles mesmos
ondulados diademas
na composição de poemas ...

Bjs de Mel, Equivatius
Belíssimo poema!

Um excelente 2007!

04 janeiro, 2007 13:47  
Blogger Unknown said...

A pele... esse lugar... para os dedos!
Como sempre... quente!
Beijo.

04 janeiro, 2007 15:07  
Blogger Pedro Branco said...

Palavras de toque quente. Que incomodam os silêncios. Que perturbam as magias. Mas que existem por perto. Demasiadamente perto. Para as procurarmos sempre.

Beijo de toque.

04 janeiro, 2007 21:16  
Blogger Desassossego said...

Deliciosamente belo, delicadamente transpira desejo e espalha sensualidade.

Um beijo doce.

06 janeiro, 2007 13:56  
Blogger Joker said...

Olá...
O desejo leve e intenso como as cores e o voejar de uma borboleta que poisa docemente na flor do prazer de um instante...

Um doce beijo para ti...
Até outra magia tua!

06 janeiro, 2007 16:24  
Blogger Delfim Peixoto said...

Lindo, simplesmente, como smepre
jnhs doces

07 janeiro, 2007 17:35  
Blogger Nilson Barcelli said...

Gostei do teu jogo de palavras.
Muito sensuais e bem estruturadas.
Beijos.

07 janeiro, 2007 22:16  
Blogger Bandida said...

a pele das asas.

belo. muito belo.

tocante.






B.
_____________________

07 janeiro, 2007 22:21  
Blogger Catharina said...

assombra.. *

08 janeiro, 2007 02:01  
Anonymous Anónimo said...

Belas palavras; tantos sentimentos.
Gostei muito.
bj
Gui

08 janeiro, 2007 13:18  
Blogger Embryotic SouL said...

Palavras divinas as tuas, como sempre. Fico a divagar nas tuas palavras, cada vez que aqui venho. Sabes manusear as metáforas, com extrema minúcia, construindo assim, estruturas poéticas ricas e encantadas.

Um Beijo Sentido

08 janeiro, 2007 14:41  
Blogger Misantrofiado said...

O poema carregadinho de aromas é poema sensitivo. Este, impele-me à imaginação.

08 janeiro, 2007 18:10  
Blogger Light said...

Uma cúpula de corpos nús "entre o céu e a terra"....

08 janeiro, 2007 18:55  
Blogger o alquimista said...

O teu texto é uma valsa de sensualidades...adorei...

Doce beijo

09 janeiro, 2007 23:47  
Blogger Isabel said...

Vim em busca de mais.

Tive frio.

Vim aquecer-me nas tuas palavras...

Obrigada.

Isabel

11 janeiro, 2007 10:10  
Blogger agua_quente said...

Palavras à flor da pele. Em vertigem.
Beijos

11 janeiro, 2007 11:10  
Blogger Andre_Ferreira said...

Aqui está um poema que deve mesmo ser lido em voz alta. Gostei muito

11 janeiro, 2007 22:41  
Blogger Unknown said...

Passei e quis matar as saudades...
Reli e regresso ao meu "porto de abrigo"...
Beijo.

13 janeiro, 2007 02:01  
Blogger Anjo said...

Está muito bom este poema,as palavras encaixam-se na perfeição dos sentidos.
Tens uma forma muito bela de escrever.
Um beijo

13 janeiro, 2007 19:24  
Blogger Isabel Victor said...

Beleza ...

que beleza de sítio ! _____________


________ vou passando por este " sítio de encantos e deslumbramentos ...


beleza ...

21 janeiro, 2007 17:43  
Blogger Zé Miguel Gomes said...

Fica bem,
Miguel

03 fevereiro, 2007 16:30  
Blogger Ardeth said...

Como ficar imune ao arrepio provocado por suas palavras? Instintivamente lindo! Beijos

15 abril, 2007 14:41  
Blogger .Rut. said...

Soberbo este poema...li mtos, mas n passa deste, vou adicionar-te!

08 junho, 2007 01:53  

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