segunda-feira, maio 21, 2007

(In)quietudes














Detenho-me
no prazer de percorrer as galerias de meus ecos
onde os sons pensam e os pensamentos dançam
num fluxo em que até o silêncio seduz ardente.
Decifro
dedos macios que dedilham a cupidez das rosas
uma música onde os oceanos se repartem
tocando os lábios na escuridão
Diluo-me
em bocas que se pintam à luz do sol
e que serenamente mordem e beijam
a metade pronunciável da quietude




21 Comments:

Blogger Fragmentos Betty Martins said...

assim___________me perco e me __________encontro________nos lábios de luz_______onde nascem as palavras__________que percorrem as galerias ________dos sentidos

Beijinhos com muito carinho
BSemana

21 maio, 2007 13:41  
Blogger A. Pinto Correia said...

´Há palpabilidade na tua poesia.
Beijos

22 maio, 2007 00:12  
Blogger GUIA DO APOSTADOR said...

Magníficas as tuas palavras, a forma como estão dispostas. Diria que resvalas em uma calma ardente... Boa Semana ;)

22 maio, 2007 14:37  
Blogger Musa said...

Sinto em cada centimetro da minha pele as tuas belas palavras.

*

22 maio, 2007 16:50  
Blogger Unknown said...

Como se detivesses na inquietação... te lesses por dentro... para te reencontrares na serenidade.
Tão dentro...

22 maio, 2007 18:19  
Blogger Embryotic SouL said...

Uníssona acalmia. Interminável palavra que vibra no profundo do ser, que o vão encurte, delineada curvatura, que mansamente aborda, o extremo e íntimo do nosso crer. As tuas palavras, estas sim, percorrem as galerias infinitas e curvilíneas do corpo, da alma.

Beijo Sentido

22 maio, 2007 19:02  
Blogger agua_quente said...

A tua poesia é de uma desafiante tranquilidade. Uma viagem de sensualidade calma e assumida.
Beijos

22 maio, 2007 19:30  
Blogger sonhadora said...

Hoje, regresso a mim e pernoito na magia do sonho.
Beijinhos embrulhados em abraços

22 maio, 2007 20:10  
Blogger Letras de Babel said...

detenho-me, aqui
numa água em fluxos
novos
como quaisquer lábios na escuridão.

muito
quieta.

_______________

22 maio, 2007 20:27  
Blogger lampâda mervelha said...

É veludo...

23 maio, 2007 00:07  
Blogger A.S. said...

Os teus dedos macios tocaram-me dentro dos sonhos... e os teus lábios existem!...


Um terno beijO!

23 maio, 2007 14:44  
Blogger vida de vidro said...

Os sons. Os ecos. A voluptuosidade das rosas e os lábios que mordem e beijam. E as palavras. As tuas envolventes palavras. **

23 maio, 2007 15:01  
Blogger Nilson Barcelli said...

Diluo-me
Em bocas que se pintam à luz do sol
e que serenamente mordem e beijam
a metade pronunciável da quietude

Adorei este poema. Escreves muito bem e este poema será do melhor que já escreveste.

Beijinhos.

23 maio, 2007 23:28  
Blogger Angela said...

Adorei o teu poema! Até agora foi o que mais me tocou. É lindo, lindo! As metáforas são tão delicadas! Fantástico!

Um grande beijinho.

(Gostaria de o colocar no meu blog Eco, se me deres permissão claro.)

24 maio, 2007 15:04  
Blogger João Cordeiro said...

Percorres o corpo com as palavras a escorrer pelos sentidos.


Muito lindo esse blog. Parabéns e obrigado pela tua visita.

Vem sonhar sempre que queiras.

Beijinho sonhador

24 maio, 2007 16:17  
Blogger Pierrot said...

Diluo-me

Em bocas que se pintam à luz do sol

e que serenamente mordem e beijam!

Diluir numa boca, é entrar num mundo de expressões, desde o beijo, desdo o sussurro, desde o sorriso, enfim...
Muito bom amiga
BJos daqui
Pierrot ausente

24 maio, 2007 18:35  
Blogger Zé Miguel Gomes said...

Bom fim-de-semana :)
Miguel

25 maio, 2007 13:33  
Blogger impulsos said...

E foi com um imenso prazer que me detive também, na maciez e na altivez da doçura dos teus ecos...
Naquela metade, a que é pronunciável na quietude do silêncio que permanece... apenas as palavras se "ouvem"... em silêncio.

Beijo num impulso meu

25 maio, 2007 20:11  
Blogger Daniel Aladiah said...

Há beijos que são ecos de nada... vazios... e aqueles que são como as tuas palavras, cheios de amor...
Um beijo
Daniel

25 maio, 2007 23:53  
Blogger .Rut. said...

Fazes amor com quem lê estas palavras...tocam-nos até ao âmago as metáforas subliminares...Mto bonito!

08 junho, 2007 01:46  
Anonymous Anónimo said...

Tornar a quietude palpável, raramente atinge o imaginário delirante de alguns. Dar corpo ao conceito é, no mínimo, notável.
Extraordinário poema. Parabéns.

24 junho, 2007 14:45  

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