Incandescentia
Quando a noite cai e o vento sopra
A pele em poesia desabrocha
Mergulha lenta em desvarios
Delineia no corpo versos de arrepios
E se o vento sopra sussurrante
A pele ansiosa espera suplicante
O toque redutor da carícia felina
Que inebria o corpo da poesia
Um fogo serpenteia faminto
A boca humedece a voz num grito
A pele se rende à volúpia fluindo
E como um vulcão pedindo vazão
Lânguida geme e a lava derrama
Sangrando a brancura da inspiração
17 Comments:
Esta lava incandescente derramada em teu peito faz de ti um ser diferente...ler-te é como banhar-me nu num ribeiro de cristalinas águas...
Doce beijo
Mnemosyne:
Tu escreves como se estivesses num pranto.
Algo triste e quase sussurrante.
É uma brisa, um ligeiro odor e depois de te ler, fico como Camões, a ver um fogo que arde sem se ver, como uma chaga que fere sem doer.
Lindo poema... romântico como só tu sabes.
Será que poderias escrever algo que eu pudesse postar no meu cantinho? Ou é ousadia da minha parte?
Pensa nisso pois seria uma "honra" para mim.
Bjos daqui e muitos parabéns
Eugénio
Simplesmente maravilhoso! O teu soneto é uma delícia! As tuas imagens são fantásticas! Fiquei presa em cada palavra tua!
É assim que eu gostaria de saber escrever!
Adorei!
Beijo grande.
Levando o corpo pelo rio de lava
Entre a poesia e o corpo em delito
Na carícia de uma pele que a suar
Em metamorfose de gritos de paixão
De fluídos carmins a derreterem
Como gelo em fogo de mares em amar.
Um poema na fronteira do fogo e do gelo que derrete ao sabor de um tempo no mais profundo do Ser.
Um abraço,
Marco António
Hum... Belo, calmo...
Fica bem,
Miguel
Muita sensualidade aliada a muita inspiração.
Obrigada pela visita, espero que voltes mais vezes. :)
Bj
Querida M...
Obrigado pela visita. Soneto sensual em moldes não tradicionais, mas com a beleza que nos toca.
Um beijo
Daniel
Cheguei aqui por acaso e demorei a leitura. "A pele em poesia desabrocha", gostei muito desta imagem de palavras.
Gostei muito mesmo.
Bj
Gui
Está lindo - arrasadoramente poético.
"O toque redutor da carícia felina
Que inebria o corpo da poesia"
Beijinhos
BomFsemana
Hummm... poesia e melodia. Acabo sempre por misturar... sem saber já se é poesia sob a melodia, se a melodia é a ondulação da tua poesia!
A fluidez da poesia corre na pele...no sabor a envolvência dos sentires...em palavras em rimas...em melodias em poesia...em tua alma sintonia se faz sentir...
Um bj sentido
Quando a noite caía... uma palavra mudou o curso do rio...
olá
vim conhecer o blog
muito sensual:)
boa noite!
rebentar, impludir, derramar veios de calcite em basalto preto, pedra vitrea ao arrefecer depois da emoção.
bjs
Tiago
Olá... muito bom... um abraço...
Padssei para te deixar um carinho
este é lindissímo. parabéns
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