quarta-feira, dezembro 06, 2006

Cópula




















Líquidas as letras
como étereo vinho
na língua nua
Ilharga em flor
que me bebe a cor

Mergulho no sacrário ardente
que na boca concentro
Osculo o lábio morno
Saboreio o carnal contorno

Palavra aberta
Lúbrica sonata

Arrebol de prata
no céu da boca


19 Comments:

Blogger Escuta o teu mundo... said...

Sabe sempre bem ler os teus posts.
:)

06 dezembro, 2006 12:41  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Deixar-me passear.deslizar---------------na---------------------beleza do teu poema..)

quando os olhos se abrem
e se sente-ainda-entregue
aos sonhos....
sonhos se tornam reais
no momento
em que o toque
suavemente
de.um.bom.dia
com gosto de amor
na boca------------céu

Beijinhos com muito carinho

06 dezembro, 2006 15:56  
Blogger Delfim Peixoto said...

Um quadro cheio de cor...
jnhs

06 dezembro, 2006 16:16  
Blogger A. Pinto Correia said...

Vives na palavra e nos contornos da lucidez insana. Tacteio-te nos esboços onde te moves. E esta sensualidade implícita a incendiar o imaginário que não pára!
Quase [te] sinto quando entro no espaço negro debruado a letras ousadas e emoções visívies. Ler-te é possuir-te de alguma forma...
Beijos, deusa/musa

P.S. Sim, esperava novas letras. E venho, venho sempre, todos os dias em busca delas que me alimentam..

06 dezembro, 2006 18:38  
Blogger Daniel Aladiah said...

Gosto das tuas palavras e do teu "jogo" poético.
Um beijo
Daniel

06 dezembro, 2006 19:46  
Blogger ... said...

Belíssimos os teus textos.
Como já tive oportunidade de te dizer, fiquei presa (ciderada) à tua apresentação...
e aos poemas que aqui colocas!
Imagens lindas, de um erotismo divino!

Linkares-me? Com todo o prazer. Obrigada pelas tuas palavras ...
Tenho visitado pouco os blogs por questões de saúde ... os posts estão esta semana automáticos ...

Obrigada pelas visitas ...
Bjs de Mel
(www.noitedemel.blogs.sapo.pt)

06 dezembro, 2006 21:56  
Anonymous Anónimo said...

Arrebol. Numa manhã de chuva. Por cima das nuvens, talvez. Gostei muito das palavras. Cópola de palavras...gostei!
bj
Gui

07 dezembro, 2006 09:38  
Blogger Manuel said...

"Osculo o lábio morno
Saboreio o carnal contorno"
...
A chama ergue-se, imprudente
lendo-te nas margens desse "etéreo vinho"
o deleite sorri
e eu atordoado, afundo-me nessa tua
serenidade
de quem estala a chama com os dedos...


Continua, é um prazer ler-te.

07 dezembro, 2006 10:48  
Blogger Pierrot said...

Liquidas as letras
na lingua nua
que me bebe a cor

Incrivel e tremendas as palavras que constrois.

Parabéns e a foto está sublime
Bjos daqui
Eugénio

07 dezembro, 2006 11:14  
Blogger Angela said...

Ao ler-te, senti o prazer não só das tuas palavras como do sentido delas apreendido.
É tão bom sentirmos prazer em tudo o que fazemos!

A tua poesia é sem dúvida a cópúla perfeita entre sentidos e significados, entre sugestão e acção.

Beijo grande.

07 dezembro, 2006 16:11  
Blogger Light said...

Mais uma vez
Sacrifico as minhas palavras
Mais uma vez
Perco-me no contorno da tua palavra
Mais uma vez
Desço em mim estas palavras
Mais uma vez
Não sei o que te dizer...

Apenas que saboreio cada palavra que desliza da ponta dos teus dedos!

07 dezembro, 2006 16:48  
Blogger Unknown said...

Letras de vinho em lábios tão quentes...
Um beijo.

07 dezembro, 2006 19:30  
Blogger vida de vidro said...

Um registo poético e carnal. Estou a aprender a ler-te. E estou a adorar. **

07 dezembro, 2006 21:31  
Blogger Bandida said...

Raros os abismos abstractos. dúvida. desejo. vácuo.





Belo!

...
_______________________

08 dezembro, 2006 11:59  
Blogger OLHAR VAGABUNDO said...

um beijo vagabundo ás tuas palavras ....

08 dezembro, 2006 19:00  
Blogger Luis Duverge said...

Onde está a natureza que encerra em si o que é natural ?
Nesta cópula há um hiato entre o texto e o sentimento.
Talvez um passeio pela natureza ...
Boas cópulas ...

08 dezembro, 2006 19:53  
Blogger Pedro Branco said...

E de repente as palavras ganharam vida e o mundo dançou!

09 dezembro, 2006 08:39  
Anonymous Anónimo said...

"Palavra aberta
Lúbrica sonata

Arrebol de prata
no céu da boca"

Mastigada a palavra
prenche o vazio
na pauta da Vida
a asa ferida

Voa a palavra
envolta
metáfora louca
penetra os lábios
fresta da boca

Solta a palavra
salivada na língua nua

Voa insensata
bruma da rua

...

Amiga, vim desejar bom domeingo
e, como não tenhas Post novo
... divaguei ... continuando o teu!

Bjs "pastosos" de Mel

10 dezembro, 2006 13:25  
Blogger Rui Gonçalves said...

Belíssimos, o poema e o blog.
Parabéns.
Aplaúdo de pé.

29 dezembro, 2006 20:52  

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