Tessitura
Na pele, melhor papel
A palavra é esmerilada
Livre do peso bruto da pedra
Tem outro viço, sentido de água
Fecho os olhos suave[mente]
Tacteio as folhas leve[mente]
onde insularizam meus dedos
uma sede de incendiados mares
Viajo na textura da pele - arrepio
Arde-me uma auréola de nume
Em meu pélago de rubros absintos
Fecho o livro vaga[mente]
Resta-me o acto em que me completo
Impulso de asa, simples vaga-lume
25 Comments:
"Viajo na textura da tua pele"...
Depois de ler este teu poema e ver atentamente a foto que postas, a minha imaginação flutua imediatamente para aquela frase.
A pele, os dedos, o tacto e o corpo.
Mnemosyne...isto é um poço de sentidos.
Bjos daqui
Eugénio
Valeu a pena esperar. Vale sempre.
Não há como fugir às emoções, na emoção de te ler.
Suave[mente] penetro no teu poema. Belo. Plena[mente] fica o beijo.
Sim, és poeta.
Esta é que é a subtileza da sensualidade... Transformas tudo em poesia!
Ler-te é confrontarmo-nos sempre com um novo desafio. É desvendar nas tuas palavras sentidos mágicos.
Admiro a tua riqueza vocabular logicamente, mas admiro sobretudo como metamorfoseias as palavras e seus significados...
Beijo grande.
A insustentável - leveza..)
...como os poetas se traduzem
"Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor,
e trocamos - somos um? somos dois?
espírito e calor"!
O amor é o amor - e depois - ainda será o amor...
Belíssimo o teu poema
Beijinhos com carinho
Olá... Muito bom, palavras certas... um abraço...
Do papel à pele...
Do livro tacteado à carne sob (im)pulso...
Beijo.
Entranhante e extremamente sensitivo e audaz...
Em cada silaba, um poro em desassossego!!!!
Muitas beijokas para ti!
É um prazer saber que existe quem escreva assim!
Cheers
A forma como tocas as palavras é de uma sensibilidade incrível.
Adorei!
Beijinhos
Foi um prazer imenso passar aqui.
Eu que escrevi um livro que se chama
"Apenas um conto, Cerzido ponto por ponto na cadeia dos sentidos", fiquei pregada a tua frase de apresentação.
Lindo.
Bjs de Mel
sensuales fotos y los versos, un abrazo amiga, te espero..:)
Desta pele o momento de ser
Da nossa pele a vontade
Da tua pele o entardecer
Que do tacto brota a verdade
Da pele dele, da pele dela
Ser o olho que vê a mão que agarra
Saio de casa pela janela
Viajo com botas e samarra
Minha dor não tem aguarela
Meu poema é flor sem jarra
Da pele que se vê à pele que se sente
Vai o clique do desligar
Aqui talvez se sinta o que se mente
Mas sem nunca o amarrar
antes de adormecer foi bom ler este poema...
Uma viagem de toque - arrepio que nos envolve sensualmente. Belo. **
É de facto uma viagem de sentidos...voei!
Excelente sintonia! Beijos
Tu és um espanto...rara sensibilidade, elegante palavra...tu és um ser diferente!...sente-se...!
Doce beijo
Os teus poemas são sempre lindíssimos.
Cassiopeia
belo. belissimo.
insaciável a beleza.
beijo!
________________________
Realmente o som de umas palavras que em "tessitura" adquirem um equilíbrio sublime.
Em sintonia sopro daqui um beijo.
O teu poema é belíssimo e bem escrito.
Fecho o livro vaga[mente]
Resta-me o acto em que me completo
Impulso de asa, simples vaga-lume
E terminas muito bem… gostei imenso.
Beijos.
Adorei...!
bjnhs doces
...mudei de casa!
delicioso...
beijo vagabundo
Volto. Vaga(mente)e a esperança tinge-se de negros. Porque quero mais.
Beijos.
Ler-te é... incendiar os olhos e gelar os dedos.
É um previlégio sentir tamanha alma.
Sublime !!!!!
"Em mantos de negro,
assombro o teu corpo...
Toco-te...
me faço presente,
na tua carne quente...
Um rio frio,
corrente electrica,
a minha presença...
Em teus mantos negros,
viajo incognita,
marcando-te a mente..."
Bjs
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